VALORES

A contenção ou o contrariar de emoções a que por vezes me obrigo resulta dos meus juízos de valores que se encontram extremamente vincados na minha personalidade e que embora por vezes me pareçam errados no fundo admiro-os.
Tentar agradar alguém por achar que, segundo os meus valores, é o mais correcto, nem sempre resulta em satisfação própria. Na maior parte das vezes o efeito é antes de frustração, desapontamento, tristeza.
O que me custa mais é que quando ajo desta forma, com a ideia de cumprir dever, nem sempre recebo a resposta positiva esperada, aumentando ainda mais a minha desilusão!
Maior parte das vezes tento lutar contra esta forma de ser pois o politicamente correcto, acaba por me decepcionar.
É gratificante e vale a pena quando obtenho resultados satisfatórios, mas na maior parte das ocasiões o meu esforço acaba por não ser reconhecido, o que me irrita e frustra ainda mais.
É nessa altura que sinto uma vontade de virar as costas a tudo e a todos, apetece-me isolar-me, dizer que não, não agradar a ninguém, ser rude, mal educada, responder sem rodeios, ser fria e desinteressada.
Contudo não consigo, continuo a ter que arranjar desculpa para não o fazer: disfarço, omito, calo-me em vez de ser directa e dizer o que penso ou o que tenho vontade, continuando os meus valores ironicamente a prevalecer. Esta forma de reagir está muito longe de ser hipócrita, pois a hipocrisia é pura falsidade sem remorsos, sem peso de consciência, sem pré valores positivos.
Gostava de ser como certas pessoas que não fazem sacrifícios, nem fretes, estão-se nas tintas para o que os valores lhes ensinaram! É incomodativo saber que é também a essas pessoas que por vezes os meus valores premeiam.
Se conseguisse agir de forma diferente talvez fosse mais feliz, ou não!...
Fico então com o meu fardo na esperança de um dia saber lidar melhor com ele!

Comentários

Anónimo disse…
Epá deita tudo cá para fora...lol...quais valores quais carapuça, temos é de fazer o que queremos, os outros que se lixem...