TRÊS VIAGENS...


Viajar tornou-se um vício para mim, o único impossível de largar. Nada me dá mais prazer que pegar na mochila e sair porta fora, com ou sem destino traçado. O meu portal de passagem para o outro “mundo” tem sido o aeroporto de Lisboa. Entro no avião com a sensação que vou para outro planeta e com a certeza que algo vai mudar na minha vida, que vou ficar mais humana, mais autêntica, mais sábia. É sempre uma aventura gigantesca conhecer outro pedaço desta enorme e maravilhosa esfera a que chamamos Terra.

Todos os anos, sinto uma motivação diferente e maior para cada viagem, cada uma delas marca uma fase da minha vida e acrescenta-lhe algo de maravilhoso. Inicialmente foi pelo desafio de ir mais longe sozinha, depois o poder de conquistar novas terras com que um dia sonhei, mais tarde a certeza de conhecer novas culturas, pessoas diferentes, gastronomias… Hoje é tudo isso e muito mais, é o que dá sentido à minha vida, o que me faz evoluir, o que alimenta a minha corrente sanguínea. Se me perguntarem qual de todas as viagens que fiz gostei mais, não saberei responder, porque todas elas foram positivas, todas me deram coisas boas.

Descrevo um pouco de três dos meus mais de trinta percursos, aliado ao meu enorme gosto pela fotografia. Quem sabe te abre um pouco o apetite e te leva a sonhar com as próximas férias.
O México sempre foi a minha viagem de sonho, mesmo antes de começar a viajar sonhava em ir a este país e por conseguinte, já lá estive três vezes. Gosto de tudo: do calor, das praias, da cultura, das pessoas, da comida, da tequila, da música, dos mariachis, dos centros arqueológicos e admiro as civilizações que construíram aqui cidades inteiras tão emblemáticas. Não posso deixar de mencionar Frida Kahlo. Visitei a sua Casa Azul na Cidade do México e o novo museu e restaurante em Playa del Carmen, sem dúvida uma mulher marcante que se destacou neste enorme país.

Playa del Carmen, Tulum, Cobá, Chichen Itza, Vallodolid, Xcaret, Ek Balam, Isla Mujeres, Isla Contoy, Palenque, Ciudad del México e Teotihuacan são alguns dos muitos pontos que valem a pena visitar.  Tanto falta para conhecer que sem dúvida voltarei em breve, pois eu tenho “Mexico en la Piel” (música muito bonita sobre este país a sua cultura e as suas cidades maravilhosas).
Fazia muito tempo que o nome deste país me fascinava, foi por isso que tive de ir a ZANZIBAR. Por muito tempo independente, este arquipélago pertence agora à Tanzânia no Leste do Continente Africano. Em tempos um grande interposto comercial, a terra das especiarias é o local onde nasceu o inesquecível Freddy Mercury, colonizada por portugueses, alemães e ingleses, é um pedacinho de terra que vale muito a pena conhecer.


O que mais me encantou nesta ilha foram sem dúvida as praias. Mesmo não gostando de algas (um dos sustentos de muitas famílias, as algas são vendidas para a industria alimentar e cosmética), o conjunto das mesmas com as rochas, a areia branca e fina e as águas mornas azuis turquesa sobressaem sempre em qualquer fotografia e de qualquer ângulo.

Adorei a tranquilidade desta exótica paragem, a história, a mistura de religiões onde sobressai a muçulmana, as danças e as vestes dos Masai (grupo étnico seminómada que provem do Quénia e da Tanzânia), a capital Stone Town, Cidade de Pedra, com as suas ruas labirínticas, casas muito antigas, portas ornamentadas, construções coloniais, as lojas, o mercado as crianças a brincar, algumas usando fardas escolares, não esquecendo a maravilhosa paisagem costeira.
O Camboja foi um dos lugares onde mais me encontrei. Estive um mês em Siem Reap a fazer voluntariado num espaço dedicado a crianças desfavorecidas, “Butterfly”. Foi uma das minhas melhores experiências em viagem e a melhor forma de conhecer a população local, a forma como vivem e as suas complexidades. Em Siem Reap é onde está localizado um dos maiores complexos arqueológicos do mundo, Angkor Wat. Visitei grande parte dos seus inúmeros templos em três dias, com a calma e o prazer de observação e reflexão que este local requer. 

O centro da cidade de Siem Reap, bastante turístico e movimentado, tem todo o tipo de entretenimentos, a bons preços, que gostamos de ter por perto: restaurantes, bares, discotecas, mercado, lojas de roupas e artesanato, jardins, pagodes e locais onde podemos assistir a espetáculos de dança e música. A comida condimentada é uma das que mais aprecio, por tal senti-me completamente integrada.

Apesar da pobreza deste país, a simplicidade do povo e a riqueza cultural deixou-me completamente deslumbrada. 

Isto foi só um cheirinho sobre três de muitas aventuras vividas, muito mais haveria para contar, mas o que importa é viajar e cada um de nós construir a sua própria história. Viajar é o melhor que podemos fazer por nós e é a melhor forma de enriquecermos a alma.

Comentários