SEPARAÇÃO DO LIXO DOMÉSTICO


Logo cedo, o debate no grupo FAMÍLIA do WhatsApp foi mais uma vez “A SEPARAÇÃO DO LIXO DOMÉSTICO”, orgânico / reciclável.

Na família existem duas fações distintas em que infelizmente eu me encontro em minoria. Defender a separação do lixo tem sido um grande desafio para mim, é difícil “elucidar” a maioria de “touros” e “carneiros”, signos que em maioria compõem a minha tribo: teimosos e materialistas, os dois defeitos em comum que estimulam a minha defesa.

Tendo trabalhado na indústria de materiais recicláveis por muitos anos sei muito bem como tudo funciona, ou não funciona. As burocracias envolvidas, as dificuldades, as poucas garantias de destino dos materiais, a ganância e ignorância das entidades envolvidas, as políticas, a grande falha do sistema, mas se tudo funcionasse a favor do ambiente e não das ambições pessoais de alguns, seria uma medida com muitos frutos. Não digo que não resulta, digo sim que resultaria melhor se fosse levada a sério, em prol do nosso planeta e de nós próprios. Custa-me muito ouvir dizer, mesmo que em tom de brincadeira, “quando o mundo chegar ao fim já estou transformada em pó, debaixo da terra”. É esta a atitude da maior parte das pessoas, não se importar com o próximo. Sim, o problema dos materiais recicláveis é uma realidade, nem sempre os mesmos têm o destino que esperamos ou que nos informam, não sou ingénua! Ter uma consciência de que é um caminho e que está ao nosso alcance, por mínimo que seja, faz-nos, a nós e às “possíveis” próximas gerações, seres mais otimistas!...

A minha visão é simplista e direcionada para fazer o que está ao nosso alcance com o propósito de tornar o nosso mundo minimamente melhor, enquanto o grupo da oposição diz que não é por aí. Defendem que “pensar”, “conjeturar”, “direcionar a raiva” para as grandes potências anti ambientalistas, para as grandes empresas e para os líderes mundiais não coniventes é muito mais eficaz! Seria sim meus caros, se se agisse, se se tomassem medidas, se se passasse da cogitação à ação, mas ao mesmo tempo porque não pôr o vidro no vidrão, o papel no papelão, as embalagens no embalão e as pilhas no pilhão? Custa assim tanto?

Não é por separar o lixo que deixo de me informar sobre os grandes poluidores e as razões mais diretas das grandes catástrofes ambientais, não é por separar o lixo que vou salvar o mundo, não é por separar o lixo que vou para o “paraíso”, mas com certeza faço mais do que só “pensar” na solução. Infelizmente, diretamente não está nas minhas mãos, pois não participo numa organização ambiental, nem me inflamo com o poder político, nem vou às manifestações, assumindo-me completamente como triste e fraca moralista. Mas separo o lixo e aproveito para não o deita no chão, assim como as beatas, para levar os meus próprios sacos quando vou às compras, comprar o mínimo possível e reutilizar ou reciclar as embalagens que ainda não conseguimos evitar, poupar água e luz, pequenas medidas, mas que podem fazer a diferença se todos o fizerem. Não sou fanática nem obcecada e sem dúvida poderia fazer muito mais, mas porque não SEPARAR O LIXO ORGÂNICO DO RECICLÁVEL????

Comentários