Amizade ou nem por isso?

É interessante pensar e definir as relações de amizade que temos.
A que tipo de relação podemos chamar amizade? Será que conseguimos manter uma boa amizade com um homem? Até que ponto uma mulher é nossa amiga?
Com alguns anos de experiência nesta área, ainda não me deixei de surpreender com os “amigos”, no bom e no mau sentido.
À partida seja homem ou mulher, encaro qualquer relação com mínima consistência e em contínuo crescimento, como uma relação de amizade. Contudo, nem sempre uma amizade perdura, nem sempre ultrapassa o 1º grau e muitas vezes descobrimos que afinal não era amizade, tudo isto porque as estas relações são muito complexa!

Quando o meu núcleo de amizades esteve no auge, o que me aconteceu entre os 19 e os 25 anos, posso dizer que tinha muitos amigos e nunca fui leviana nas escolhas. Entre a universidade, a dança e os três empregos que tinha, conseguia reunir um leque enorme de amigos, cujas idades, experiências e interesses comuns variavam muito.
Alguns anos passaram e posso agora apontar claramente quem são os meus autênticos amigos, tendo feito, ao longo destes anos, uma triagem rigorosa, embora natural, que elegeu por fim um novo leque, que diminuiu em número mas aumentou em qualidade.
Contudo continua a haver um grau para cada relação, que é atribuído basicamente pela facilidade em comunicar, pela franqueza, pela presença (que pode muito bem ser à distância), pelos objectivos comuns e pela compreensão. Sei bem a quem chamar de amigo verdadeiro, em relação aos restantes começo a ter dificuldade em mantê-los na lista.

Ultimamente tenho-me debruçado em definir que grau de amizade se consegue manter com um homem! Difícil, muito mais do que eu imaginava! Este tipo de relação é muito mais complexa, exige muito mais tacto e sem dúvida o factor “interesse sexual” vai sempre interferir com os restantes sentimentos.
Não pensei que fosse assim, até viver quatro situações quase em simultâneo que me fizeram acordar para a realidade!
Não encontro dificuldade alguma em manter uma relação de amizade com o sexo oposto, até é bastante mais interessante tendo em conta todas as nossas diferenças, mas já o inverso não me parece muito possível. Com um homem mais cedo ou mais tarde toda a atenção, carinho e cumplicidade acabam, principalmente se a amizade não evolui para outro nível. Por fim eles acabam por se cansar ou por encontrar alguém que lhes dá o que realmente querem e desaparecem, esquecem os bons momentos, as conversas, a entreajuda e não se preocupam mais em saber se estamos bem ou mal… (pode parecer incorrecto para a outra, o novo alvo)! Eu, quando encontro um amor, não esqueço o amigo que passou momentos agradáveis comigo.
Enfim, foi só um desabafo, porque se afinal não era amizade a falha foi minha em acreditar que era!

Quanto ás amizades femininas, são logicamente muito mais duradouras, desde que não exista algum tipo de desrespeito, impossível de superar. Para a maioria das mulheres uma amizade com outra mulher é facilmente destruída quando ambas se apaixonam pelo mesmo homem! Já me aconteceu, mas a minha ética não me permite estragar uma boa amizade só por essa razão a não ser que envolva má fé da outra parte. Já perdoei algumas situações em nome de uma grande amizade mas há sempre que pôr na balança o que é mais importante e para mim em primeiro lugar estão os aspectos positivos que me levaram a efectivar a relação e se forem demasiado importantes nada nem ninguém destrói uma amizade.

Comentários

Rita disse…
Concordo Plenamente! Antes de mais Parabéns pelo teu Blog, e obrigada por partilhares as tuas ideias, as tuas emoções, obrigada Amiga!
Fico com vontade também de ter um blog, há-de chegar o dia... a falta de tempo é o que me mata! Que a nossa amizade vá sempre engrossando as suas raizes! Beijoooo